terça-feira, 27 de julho de 2010

Dádiva de Deus

Leandro Sena

Desde os tempos que elas deixaram de ser apenas donas-de-casa para encarar a labuta nas insalubres industrias no final do século 18, os desafios foram sendo ampliados e as conquistas estabelecidas. A data – oito de março – adotada pelas Nações Unidas em 1975 foi especialmente para lembrar as conquistas sócias, políticas e econômicas das mulheres, bem com as discriminações e as violações a que muitas estão sujeitas. Ainda hoje, batalhas árduas são travadas como forma de consolidar tais vitórias. Essa conscientização de conquista é indispensável. Entretanto, conquistas podem ser vastamente enumeradas, mas só quem é, e/ou convive com uma mulher sabe que um solo ainda infecundo está ali para ser semeado.

A classe masculina é sabedora; não é fácil entranhar-se nesse mistério e nem resumir o delicado mundo feminino: orbe sem limite e enigmático, mas precioso entre homem e mulher haja harmonia, equilíbrio espiritual, moral e social. É disso que deriva uma existência humana que responde aos desígnios de Deus. Ser diferentes não quer dizer ser mais ou menos. Não deveria haver, portanto, uma luta ou preocupação concorrencial como homem, mas uma inteligente, pacifica e alegre aceitação de pertencer à condição feminina, protagonista da própria história como pessoa humana e consciente de sua formidável e respeitável missão.

Acompanhamos as lutas e consequentes vitórias da mulher nessa sociedade pós-moderna que busca cada vez mais se distinguir e irromper dentro da história, na vida social, na comunidade eclesial com a força de um ser novo e preparado para múltipolos desafios. É importante que a mulher do terceiro milênio encontre uma maneira nova, em parte ainda desconhecida de se considerar e se amar mais. Infeliz da sociedade e da própria mulher se nessa busca de afirmação, não priorizasse o desenvolvimento das características e valores eu lhe são peculiares. Há quem afirme que o homem contemporâneo sinta e com um certo bloqueio, para não dizer receio/medo, o crescimento da mulher na vida familiar e na sociedade. Isso é compreensível, devido ao milenar comando do homem em todos os campos da vida.

Portanto mulher, não admita contagiar-se pelas tolices e insignificância do mundo banal. Multiplique suas forças e eleve suas virtudes. A transformação do universo depende da força que emana do seu amor, pois tem o poder de regeneração, de prover vida dentre e fora de seu ventre e por toda vida. Você mulher, possui amor incondicional, impar delicadeza, generosidade, temperança, equilíbrio, doçura, serenidade e acima de tudo o dom fascinante de embelezar tudo ao seu redor. Por ser dádiva de Deus, parabéns mulher. Orgulhamo-nos de suas numerosas conquistas.
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SENA, Leandro, Dádiva de Deus. Revista Minha Cidade - O melhor do seu município está aqui. P.57, Edição 05 – ano 1, 2010.

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